segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Nosso Lar

Aqui vai uma crítica ferrenha ao filme Nosso Lar, portanto, quem assistiu e gostou, não leia!
Bem, não sigo nenhuma religião, embora possua minhas próprias crenças e tenha até uma certa simpatia pelo espiritismo. Afinal, é confortante pensar que depois da morte, ainda viveremos como espírito, e ainda poderemos reencarnar diversas vezes.
Contudo, vamos entrar logo no assunto. Lembro que quando estreou nos cinemas, todo mundo comentava. Os que já haviam assistido, diziam que era um filme ótimo, e os que ainda não tinham visto, queriam ver. Um amigo não se cansava de falar que tratava-se de um excelente filme, e que toda a idéia do espiritismo estava resumida ali. No meu caso, só consegui assistir depois que comprei piratão de uma amiga.
Pois bem, chegou ao final do filme e fiquei me perguntando o que as pessoas viram de tão espetacular. Talvez eu tenha tido essa visão por esperar mais, e não corresponder às minhas expectativas, ou talvez, eu deveria ter lido o livro. Achei um filme muito forçado, da primeira à ultima cena. Fiquei com a impressão de que é tudo mentira, que o espiritismo não existe e que tudo que supostamente acreditamos, é irreal e ilusório. NA MINHA OPINIÃO, trata-se de um filme de ficção repleto de diálogos e cenas forçadas. O que aqueles espíritos mal educados estavam fazendo em Nosso Lar? Se pra chegar lá é tão fácil, posso começar a ser um pouco mais “má”.
O que era aquele marido da velhinha, que reencarnado, já vivia como uma criança de 5 anos. Agora, em outra vida, ele certamente vai conhecer outra pessoa e se casar com ela. E depois que ele morrer, de novo, vai voltar pra esposa antiga ou vai ficar com a nova?
E aqueles médicos espíritos, que pra fazer a pessoa ficar quieta e deixar de fazer inúmeras perguntas, davam um copo d’água pro paciente com a desculpa de ser um remédio que deviam segurar na boca pelo máximo de tempo possível? Espíritos brincalhões, não?!
E o personagem principal, que morreu de “suicídio indireto” por seus sentimentos de raiva, cobiça, inveja. Na visão dos espíritos, não foi a doença que ocasionou a morte, mas os sentimentos que causaram a doença, e por sua vez, a morte. Então, meus caros, comecemos a praticar ioga, pra não sentir raiva. Sejamos um pouco mais ricos pra não sentir tanta inveja dos ganhadores da mega sena. Ou então, deixa quieto. Acho que descobri como chegar em Nosso Lar.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

DOR DE CABEÇA


Tenho dor de cabeça quando estou zangada. Zangada com as pessoas, zangada com os problemas, com o trabalho, ou apenas zangada por não fazer nada.
Tenho dor de cabeça de tanto pensar. Pensar na vida, nos atos que devo tomar.
Tenho dor de cabeça de tristeza. Em geral, em relação às pessoas. Como podem agir com tamanha frieza?
Tenho dor de cabeça por maus hábitos. Má alimentação ou dormir tarde demais. Mas é assim que gosto, assim que me satisfaz.
Tenho dor de cabeça pelo calor. Odeio sol, me deixa com tanto mau humor...
Tenho dor de cabeça de ficar muito tempo no computador, pois a vista cansa. Mas que culpa tenho, se dependo disso para que a vida se lança?
Tenho dor de cabeça, mas não queria ter. Mas não há escapatória. Toda semana é a mesma história. O que mais eu posso fazer?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Friendship


Eis que chega em casa a revista Superinteressante. O assunto do mês é amizade. Porque temos amigos? Porque precisamos de amigos? Porque não vivemos sem amigos?
A matéria começa explicando como os seres humanos resolveram, de uma hora pra outra, estabelecer vínculos com outras pessoas. E foi pra benefício próprio. Nossos ancestrais se deram conta de que a vida se torna muito mais fácil com a “ajuda” de outros. Então, caçar, zelar pela família e cuidar da agricultura junto ao grupo se tornou menos árduo. A conclusão que a gente tira? Puro interesse!
Bom, o tempo foi passando, fomos nos desenvolvendo, e o mundo se tornou globalizado. A questão que fica é a seguinte: nossa mentalidade continua a mesma? Até que ponto nossas amizades são sinônimo de afeto pelo próximo? De querer ficar junto por gostar da companhia? A revista chegou a conclusão de que hoje em dia, nossas amizades continuam sendo por interesse. E eu não duvido muito não! Vejo exemplos que me dão certeza que a revista tem total razão; que o mundo mudou, mas os seres humanos continuam os mesmos mesquinhos de sempre.
Quem nunca conheceu um sanguessuga, aquele que pretende tirar vantagem de algo que você possa oferecer? Tipo, aquela pessoa que senta lá do outro lado da sala, e em dia de prova ou trabalho valendo nota, repara que você existe?
Tem sempre aquele paga pau do chefe, que se faz de amigo pra conseguir uma promoção.
Existem aquelas que se aproximam da garota descolada só para pegar umas dicas de como também ser descolado, ou em casos piores, pra causar algo maldoso à invejada.
Há os que são amigos até o momento que você venda o carro, ou comece a namorar.
Mas a pesquisa também analisa o outro lado, afinal, nem tudo são espinhos. Ela constatou que ter amigos nos torna mais felizes e saudáveis. E quanto mais amigos, maior é o grau de nossa felicidade. Agora, você prefere ter um milhão de amigos falsos e ser feliz, ou prefere seguir aquele velho ditado: antes só do que mal acompanhado?