Numa tarde fria, após o trabalho, Glauco decide mudar sua rotina. Vai jantar no shopping! E como sempre, sozinho. Escolhe seu prato principal: strogonoff de frango. Se aconchega numa mesa próxima às plantas que enfeitam a praça de alimentação e começa a saciar sua fome. Ao seu lado, duas jovens bonitas se sentam para lanchar e começam a conversar. Glauco presta atenção na conversa que nem é muito produtiva, mas se torna seu passatempo naquele momento. As duas tagarelam sem parar, sobre o novo seriado da TV, sobre como fulana havia engordado, sobre como os namorados conseguiam ser tão viciados em futebol e blábláblás. De repente, as outras mesas ao seu redor também começam a ser ocupadas por pessoas irradiando vida. Pessoas que se preocupavam em escolher uma roupa bacana só para um simples passeio. Pessoas que se importavam em manter boas relações de amizade. Então, aos poucos, Glauco foi notando a triste verdade que nunca havia notado. Como era solitário! Olhava praquelas pessoas, sorridentes, cheias de histórias pra contar, e ele, prostrado ali, sem histórias e sem companhias. Olhava para seu strogonoff e enxergava sorrisos de outras pessoas, menos o seu. De imediato, perde a fome, levanta-se sorrateiramente e caminha rumo à porta de saída, rumo a seu carro, rumo a seu lar, rumo à cama e ao sono perdido.
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