Se eu soubesse que
meus dias seriam todos iguais,
teria cometido mais erros triviais,
banais,
e até fatais.
Mas meus dias foram todos iguais.
Se eu ao menos soubesse, que os dias seriam todos iguais
Teria tido mais encontros casuais
Não teria me importado com problemas comportamentais,
e nem com crises existenciais.
Porém, todos foram iguais.
Teria tentado ter ideias geniais
Quem sabe se tornariam imortais??
Sorriria em todos os catastróficos Natais
Demonstraria mais amor, não somente às pessoas convencionais.
...lamentavelmente, foram todos iguais.
Por fim, não dá mais para voltar atrás
eu fui sempre normal,
segui a linha casual,
e a razão nunca deu lugar ao emocional.
Só queria que os dias fossem especiais,
mas não passaram de dias iguais.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
O ser dos seres
A pessoa não precisa ser
professora pra saber escrever corretamente, sem erros ortográficos.
A pessoa não precisa ser
publicitária para ter ideias geniais e saber fazer um bom marketing.
A pessoa não necessita
ser cantora, para cantar.
Não se encontram gênios
só no ramo científico.
Quem disse que só os
médicos têm o dom de curar?
Será que somente os
atores tem o dom de atuar?
Todos os pais sabem
educar?
O juiz pode se equivocar?
Só os poetas sabem rimar
e amar?
Precisa ser músico para
inspirar?
Todos podem, mesmo os
honestos e bons,eventualmente errar
Da mesma maneira que, com
esforço e dedicação,todos podem acertar
Basta acreditar.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Chuva de pedrinhas coloridas
Aconteceu faz alguns longos anos.
Num tempo em que sabia balbuciar apenas algumas palavras. Estava aprendendo a
falar.
Encontrava-me no quintal da casa
de minha tia, sozinha, observando a chuva. De repente, e inexplicavelmente aos
olhos de um adulto, começam a cair pequenas pedrinhas COLORIDAS junto da chuva.
Vermelhas, azuis, verdes e amarelas. Achando graça naquilo, rapidamente estendi
minha mão, ao passo que se espatifou em minha palma, uma pedrinha vermelha.
Esperei a cena bonita se dissipar e então, corri para minha tia, mostrar a
mancha vermelha em minha mão. Ela, obviamente, ficou espantada, achando que
aquilo era sangue. Correu comigo ao banheiro, ligou a torneira e deixou a água
corrente levar “o sangue” embora. O que se seguiu depois, foram tentativas
frustradas de minha tia, de tentar desvendar aonde eu tinha me machucado. Como
eu ainda não sabia articular muito bem as palavras, não conseguia explicar por definitivo
que aquilo era somente uma pedrinha vermelha que caiu do céu, junto com tantas
outras pedrinhas coloridas. Então, só restava a mim, responder suas perguntas.
- Você machucou na maçaneta da porta?
- Nãaoo!
- Você machucou no seu relógio de pulso?
- Nãaooo....
E foi assim. Ela não descobriu
afinal, da onde veio aquilo. No alto de sua idade, hoje em dia talvez até já
tenha apagado da memória esse fato. Mas eu, ainda espero um outro dia em que
possa visualizar minha chuva de pedrinhas coloridas.
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